Nova versão do sensor do Kinect tem um décimo do tamanho do anterior

Capri - Kinect

Os criadores da tecnologia embutida no Kinect (que reconhece os movimentos do usuário com precisão e os transforma em controles) anunciaram há alguns dias uma nova versão do sensor.

O sensor, chamado de Capri, tem 10% do tamanho da versão anterior e é pequeno o suficiente para caber em um smartphone, laptop, espelho, chaveiro – e onde mais a criatividade permitir.

O vídeo abaixo, feito por quem entende muito de tecnologia e pouco de fazer vídeos que soem naturais, dá alguns exemplos de como essa tecnologia pode ser aplicada no dia-a-dia:

Leia também:

Desenhando interações gestuais sem toque

Esse é para quem também está estudando interfaces controladas por movimentos do corpo (leia-se “Kinect e suas variantes”).

Quando as interfaces touch começaram a se popularizar nos smartphones, bibliotecas foram criadas para ajudar os Designers de Interação no processo de desenho dessas interfaces.

O mesmo vem acontecendo com as interações gestuais sem toque, ou “touch-free gestures“:

Swipe, Spread, Squeeze

Swipe, Spread e Squeeze, os movimentos de controle mais comuns nesse tipo de sistema

Push e Pull

Push e Pull, para aproximar ou afastar objetos que estejam aparecendo na interface

Grasp e Release

Grasp e Release, usado para que o usuário “agarre” objetos na interface e depois use os outros gestos para movê-lo

É claro que isso é só um aperitivo. Aqui neste artigo da UXmag tem mais uma porção de gestos diferentes.

O que torna as coisas um pouco mais complicadas para o Designer de Interação (e simples para as pessoas) é que elas podem combinar os gestos das mãos com breves instruções em voz. A “conversa” com a interface fica muito mais natural. Mas isso também faz com que o Designer precise prever muitos novos cenários em cada uma das telas.

O interessante é que a partir do momento em que as interações se tornam tridimensionais (é uma pessoa se movimentando em frente a um sensor, e não “encostando” em algo bidimensional), a forma como os designers documentam e especificam essas interações também muda:

Especificando os touch-free gestures

Isso acaba gerando documentos cada vez menos “convencionais” em um projeto.

Por exemplo, a distância entre a tela e as mãos do usuário é relevante em muitos casos e precisa ser documentada. O mesmo para os comandos de voz. O usuário pode usar várias palavras diferentes para tentar dizer a mesma coisa – além de diferentes sotaques e diferentes entonações de voz. Para que a interface pareça natural, ela precisa estar preparada para os mais diversos cenários de uso.

À medida em que for me aprofundando mais no assunto, compartiho por aqui.

Pronto para encarar mais essa? :)

Lojistas usam Kinect para estudar comportamento do consumidor

Shopperception

Um novo serviço chamado Shopperception promete mensurar e analisar o comportamento dos consumidores e a forma como eles interagem com as prateleiras e gôndolas de determinada loja. Tudo isso usando apenas… um sensor de Kinect.

O equipamento usa o reconhecimento espacial dos sensores para monitorar continuamente a forma como os compradores interagem com os produtos na prateleira: quanto tempo eles gastam escolhendo o produto, quais produtos eles tocam, quais produtos eles seguram na mão, quais eles colocam de volta depois de lerem a embalagem e quais eles efetivamente compram.

A tecnologia ainda pode ser usada para testar e comparar a performance de diferentes disposições de gôndolas (assim como fazemos os testes A/B em websites, publicando duas variações da mesma página e vendo qual delas performa melhor).

Veja no vídeo abaixo como o sistema funciona:

http://vimeo.com/33179742

Big Brother feelings, ainda? :)

O efeito Kinect

Efeito Kinnect

O vídeo abaixo, produzido pela Microsoft, mostra como as pessoas estão usando o Kinect para reinventar as possibilidades que a tecnologia-chave do console (o reconhecimento de movimentos) permite.

“Começou com um sensor que transformou voz e movimento em mágica. ‘Isso vai ser legal de brincar.’ E foi. Mas algo incrível está acontecendo: o mundo começou a imaginar coisas que nós nunca sequer pensamos a respeito.”

Bonito que só.

Interessante como a Microsoft tem feito um esforço orquestrado em se apropriar (e ser o top of mind) da tecnologia de reconhecimento de movimento.

Natural User Interfaces

 Família feliz jogando com o Kinect

“What are user interfaces? They serve as a medium of communication between man and machine, whether it is a set of levers on an engine lathe or a keyboard and a mouse to control a personal computer. In the interaction design industry, recently, the shift of focus is from GUIs to NUIs. GUIs are Graphical User Interfaces and have been the mainstay of personal computing for the past 15 years. NUIs are recent – Natural User Interfaces aim to eliminate the learning curve of a man-machine interface and translate natural body movements to actions in the machine.”
Interfaces of the future: tactility vs. naturality

“The most profound technologies are those that disappear. They weave themselves into the fabric of everyday life until they are indistinguishable from it…. only when things disappear in this way are we freed to use them without thinking and so to focus beyond them on new goals.”
Mark Weiser